Catharina Sour: O Primeiro Estilo Cervejeiro Brasileiro


A história do Catharina Sour começou em 2014, quando cervejarias do Estado de Santa Catarina começaram a criar receitas inspiradas no estilo Berliner Weisse, mas com um toque brasileiro: a adição de frutas locais.

O objetivo era adaptar a receita ao clima tropical e destacar ingredientes nativos. Em 2016, a Associação de Micro Cervejarias Artesanais de Santa Catarina (ACASC), em parceria com cervejarias locais, intensificaram a produção e promoção do estilo.

Assim em 2018, a Catharina Sour foi oficialmente reconhecida como estilo no Concurso Brasileiro de Cervejas, a maior competição do país, consolidando-se também em eventos internacionais como na produção da cervejaria americana Farnham Ale & Lager.



Um Estilo Brasileiro com Identidade Única

Esta cerveja de trigo de alta fermentação é leve, refrescante e possui uma acidez assertiva que contrasta perfeitamente com o toque sensorial das frutas ou especiarias utilizadas. Seu teor alcoólico é moderado, e o amargor é praticamente imperceptível, garantindo uma experiência sensorial única e marcante. Além da adição de frutas tropicais que são a alma do Catharina Sour.

Ingredientes e Processo

Os ingredientes do Catharina Sour destacam sua singularidade:

  • Maltes: Entre 40% e 60% de malte Pilsen e trigo. Pequenas proporções de aveia, cevada e centeio são permitidas, enquanto maltes mais robustos, como munich ou torrados, não são utilizados.
  • Lúpulos: Preferencialmente de alto teor de alfa-ácidos.
  • Levedura: Variedades de lactobacillus, de perfil neutro, para manter o foco nos aromas e sabores da fruta.
  • Frutas: Qualquer fruta pode ser utilizada, sendo as tropicais as mais comuns. Elas devem ser adicionadas após a fermentação, preservando o frescor e as características do ingrediente.


O Impacto na Cervejaria Brasileira

O Catharina Sour reflete o movimento de resgate e valorização dos ingredientes nacionais, sendo um marco para a consolidação do mercado nacional. Em 2018, o Beer Judge Certification Program (BJCP) confirmou a inclusão do estilo em sua revisão oficial, elevando o Brasil ao cenário mundial como criador de um estilo próprio.

A riqueza natural do Brasil será suficiente para firmar uma Escola Cervejeira Brasileira? Especialistas seguem aperfeiçoando técnicas e receitas para que o país continue sendo um palco de inovações no mundo cervejeiro.

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