A Lei da Pureza Alemã e a Evolução das Cervejas


Criada por Guilherme IV, duque da Baviera, em 1516 a Lei da Pureza Alemã, ou Reinheitsgebot estabeleceu que a cerveja deveria ser feita apenas com quatro ingredientes: água, malte, lúpulo e levedura. Na época, a medida buscava padronização e qualidade.

Cervejeiros locais, ao tentar inovar, acabavam usando ingredientes exóticos e até tóxicos, como fuligem de cal, beladona e papoula. A regulamentação foi essencial para proteger a saúde dos consumidores e, de quebra, garantir que o trigo fosse reservado para o pão, um alimento básico da época.

Embora o fermento só tenha sido incorporado oficialmente à lei no século XVII, os impactos da Reinheitsgebot foram imediatos. Ingredientes como arroz e milho, que geram cervejas mais leves e com menos sabor, ficaram de fora, consolidando a fama das cervejas alemãs como produtos naturais e saborosos, livres de conservantes artificiais.

Mesmo sendo um marco de qualidade, a Reinheitsgebot não está livre de críticas. Para alguns, ela inibe a criatividade dos mestres cervejeiros. Enquanto os belgas inovam com frutas, ervas e especiarias, os alemães mantêm-se fiéis aos quatro ingredientes básicos.

Na Suinga, levamos o termo qualidade muito a sério “Para nós, uma boa cerveja é aquela que alcança o equilíbrio perfeito entre seus componentes. O fato de uma cerveja não ser puro malte não diminui sua qualidade. Hoje, com o surgimento de novos estilos, como a Catharina Sour uma criação brasileira que incorpora frutas frescas, muitos desses estilos acabam ficando fora dos critérios da Lei da Pureza”, explica Raphael Ribeiro, Mestre Cervejeiro da Suinga.

A Lei da Pureza Alemã foi um marco para o desenvolvimento do mercado de cervejas da época. Embora os métodos de produção e os padrões alimentares tenham evoluído, o princípio permanece: oferecer uma cerveja de alto nível, com sabor intenso e natural, finaliza.

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