Cervejeiros locais, ao tentar inovar, acabavam
usando ingredientes exóticos e até tóxicos, como fuligem de cal, beladona e
papoula. A regulamentação foi essencial para proteger a saúde dos consumidores
e, de quebra, garantir que o trigo fosse reservado para o pão, um alimento
básico da época.
Embora o fermento só tenha sido incorporado
oficialmente à lei no século XVII, os impactos da Reinheitsgebot foram
imediatos. Ingredientes como arroz e milho, que geram cervejas mais leves e com
menos sabor, ficaram de fora, consolidando a fama das cervejas alemãs como
produtos naturais e saborosos, livres de conservantes artificiais.
Mesmo sendo um marco de qualidade, a Reinheitsgebot
não está livre de críticas. Para alguns, ela inibe a criatividade dos mestres
cervejeiros. Enquanto os belgas inovam com frutas, ervas e especiarias, os
alemães mantêm-se fiéis aos quatro ingredientes básicos.
Na Suinga, levamos o termo qualidade muito a sério
“Para nós, uma boa cerveja é aquela que alcança o equilíbrio perfeito entre
seus componentes. O fato de uma cerveja não ser puro malte não diminui sua
qualidade. Hoje, com o surgimento de novos estilos, como a Catharina Sour uma
criação brasileira que incorpora frutas frescas, muitos desses estilos acabam
ficando fora dos critérios da Lei da Pureza”, explica Raphael Ribeiro, Mestre
Cervejeiro da Suinga.
A Lei da Pureza Alemã foi um marco para o desenvolvimento
do mercado de cervejas da época. Embora os métodos de produção e os padrões
alimentares tenham evoluído, o princípio permanece: oferecer uma cerveja de
alto nível, com sabor intenso e natural, finaliza.
Conheça a Reinheitsgebot aqui
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