A espuma da cerveja não é apenas um detalhe estético. Ela tem funções essenciais como preservar o aroma, manter a carbonatação e proteger a bebida do contato com o oxigênio. Formada por bolhas de CO₂ envoltas em proteínas da cevada e do lúpulo, sua formação é influenciada por ingredientes, temperatura e o método de serviço.
Segundo Raphael Ribeiro, Mestre Cervejeiro da
Suinga, a espuma é um indicador de qualidade "Quando falamos em qualidade,
consideramos desde a execução do processo produtivo, as matérias-primas
utilizadas até a forma como a cerveja é servida. Outro detalhe interessante é
que, com uma retenção prolongada, a espuma forma o que chamamos de 'renda
belga' nas paredes do copo à medida que o líquido vai sendo consumido."
Além de valorizar o sabor e a cremosidade, a espuma
libera aromas que enriquecem a experiência sensorial que também atua como uma
camada protetora, evitando a oxidação da bebida e preservando sua qualidade,
destaca Ribeiro.
Como Servir e Preservar a Espuma
- Incline
o copo ao servir,
controlando a formação da espuma e garantindo cerca de dois dedos de
colarinho.
- Use
copos limpos e livres de gordura, já que resíduos comprometem a qualidade da
espuma.
Detalhes como a cor branca da espuma vêm da
reflexão da luz nas bolhas. Cervejas de trigo, por exemplo, formam mais espuma,
enquanto as de alto teor alcoólico, como as stouts, produzem menos. Já o
fenômeno do "gushing" (excesso de espuma ao abrir a garrafa) pode
indicar falhas no manuseio ou na fabricação.
Uma espuma bonita e duradoura é sinal de uma
cerveja de qualidade. E lembre-se: toda cerveja deve ser servida com pelo menos
dois dedos de colarinho. Como reforça Ribeiro "Nada dessa história de 'sem
colarinho'.
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